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Moradores na luta pela preservação do bairro


O presidente da AMAST Paulo Saad falou da importâncias das praças para o bairro


Pelo menos 40 moradores estiveram reunidos na manhã desse sábado (16) na Praça Odilo Costa, para um ato de protesto contra a péssima conservação das praças do bairro que estão abandonadas, em péssimo estado de conservação e oferecem, inclusive, perigo aos frequentadores, principalmente as crianças.

O ato foi convocado pela AMAST Associação de Moradores de Santa Teresa -, e contou com a presença do administrador Regional de Santa Teresa Marcelo Lopes. Em sua fala o presidente da Associação Paulo Saad não mencionou apenas a Praça Odilo Costa, mas enumerou também os muitos problemas que enfrentam outras praças do bairro:

- Aqui na Praça Odilo, frequentada por muitos moradores e, principalmente, crianças, chega a ser vergonhoso o estado de conservação. Os bancos estão quebrados, as árvores mal conservadas, as grades enferrujadas, o calçamento esburacado, o gradil da quadra de futebol de salão com aberturas que representam um perigo para as crianças que frequentemente levam boladas. Não bastasse tudo isso, acontecem eventos sem autorização com música alta que perturbam e causam transtornos aos moradores – comentou.

A indignação de Saad e pessoas que moram próximo a outras praças vai além: eles se queixam que para se conseguir algo é preciso se procurar um candidato ou vereador que esteja apoiando um candidato nas próximas eleições:

- Vivemos um tempo do absurdo, pois qualquer benfeitoria que se peça para o bairro nos sugerem que procuremos um candidato, um vereador ou alguém que esteja apoiando um candidato nas próximas eleições. Isso não pode existir, pois uma Associação de Moradores, assim como o poder público não pode ter seu político de estimação. Nós da AMAST não vamos procurar quem quer que seja a não ser a prefeitura para obtermos melhorias do poder público. Os moradores pagam seus impostos e é um dever da prefeitura zelar pelos espaços da cidade – encerrou.

O abandono de outras praças

Os moradores lembraram que o abandono da Praça Odilo Costa não é um caso isolado e que outras praças sofrem do mesmo problema. Foram citadas a Pracinha do Largo do Curvelo, da Hermenegildo de Barros e da Rua Santa Cristina. Na Praça do Largo das Neves uma situação que chega a ser surreal: pois a secretaria de parques e Jardins retirou os postes candelabros que ajuda a manter a beleza do lugar e colocou postes de cimento. Os moradores já reclamaram, já solicitaram a recolocação dos postes candelabros e nada foi feito

O administrador regional Marcelo Lopes enfatizou a importância da AMAST na luta pela preservação do bairro e disse que não medirá esforços para atender as reivindicações que foram feitas:

- Eu sempre agradeço o apoio da AMAST que procura ser parceira da administração regional nos principais problemas relacionados ao bairro. Tenho tentado, dentro de minhas possibilidades, atender as demandas dos moradores. Uma das principais delas, é o que se relaciona à perturbação sonora com bailes e festas que ultrapassam o horário, temos sido rigorosos, mas ainda há muito o que se fazer. Todas as solicitações feitas nesse ato levarei para órgãos superiores para encontrarmos soluções para o que aqui foi relatado – declarou.

O administrador Marcelo Lopes prometeu encaminhar as demandas dos moradores aos órgão da prefeitura


Dois assuntos polêmicos

Outros dois assuntos extremamente polêmicos foram motivos de discussão no ato: o primeiro o fato de a Secretaria de Ordem Pública há quatro meses, de forma arbitrária e sem consultar os moradores ter apagado uma arte feita no Largo das Neves por moradores. “Eles nunca aparecem, não cuidam da Praça e quando os moradores resolvem fazer algo, eles chegam e sem falar com ninguém simplesmente apagam” – Disse uma moradora. Outra moradora quis saber do administrador regional se ele havia sido informado da ação que ocorreu no Largo nas Neves e ele respondeu que não. Foi o suficiente para ela demonstrar sua insatisfação:

- Se os moradores não tiveram conhecimento, se o administrador regional não teve conhecimento e sequer foi comunicado temos que entender essa ação como um ato político. A quem interessa que a organização dos moradores não aconteça. O Largo das Neves sempre foi um espaço democrático, frequentado por moradores e, principalmente, pelas crianças e não podemos tolerar essas interferências de pessoas alheias à nossa realidade – afirmou.

Outro assunto que voltou a ser comentado foi a retirada da banca de Jornal de “Seu” Souza no Largo do Guimarães. Paulo Saad lembrou que aquela calçada é na verdade uma pequena praça conquistada na administração César Maia e que a luta e para a recolocação de dois bancos que haviam naquele espaço e foram retirados pela Secretaria de Parques e Jardins. Se há uma ideia que os moradores repudiam é a de se fazer da calçada um prolongamento do Armazém São Joaquim reformado pela construtora Sérgio Castro.

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